expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

Total de visualizações de página

sábado, 20 de agosto de 2016

VACINAÇÃO dos nossos Pets


Vamos falar da Vacinação dos nossos cães?

Quais as obrigatórias, quais as opcionais, quais as posições que deveriamos tomar ou não em relação a isso, explicar cada uma delas e tentar entender se realmente são necessárias todas as vacinas, apenas porque às vezes queremos proteger tanto o nosso animal ou por falta de esclarecimento, e acabamos por tomar a decisão menos acertada.

Vamos começar pelo início de tudo?
Os anticorpos recebidos pelos cachorros filhotes através do leite materno criam imunização adequada por um período de tempo após o nascimento e o desmame. Em alguns filhotes a imunidade materna ainda está presente por volta de 14 semanas de idade. Por isso os veterinários utilizam múltiplas vacinas, dadas em intervalos pré-estipulados e que devem ser seguidos rigorosamente para garantir a excelente saúde do seu animal.

No Brasil muitos veterinários têm recomendado que os cães que façam reforços anuais de vacinas contra raiva, cinomose, parvovirose, panleucopenia, etc... após ter pesquisado muito a respeito me pergunto: Será que essas vacinas necessitam realmente de reforços anuais? Estaremos vacinando os nossos cães em demasia? Pode haver mais contras do que pós nesse excesso de vacinação?

Vamos pensar juntos?

Durante a amamentação os cachorros desenvolvem uma imunidade que é muito importante para os cachorros. Depois desse período os cachorros começam as primeiras vacinas é importante seguir o calendário de vacinação e repetir a vacinação de reforço.
Em regra geral o protocolo vacinal para filhotes de cães prevê uma série de três doses de vacinas. Posteriormente é feita a revacinação anual. A duração da imunidade é variável dependendo de cada vacina, sendo de longa duração, de anos, para cinomose, parvovirose, adenovirose e panleucopenia, e de curta duração, de apenas alguns meses, para a leptospirose porque o grau de proteção não é o mesmo para todas as doenças.

O veterinário pode estipular o esquema de vacinação para o animal, segundo cada caso, baseado em seu estado de saúde, em seu estado imune, sua idade, no risco de exposição às doenças em questão e nas probabilidades de ocorrência de reações de hipersensibilidade. Cada caso é um caso e existem raças como por exemplo os Rottweillers que necessitam de um plano de vacinas diferente e reforçado, assim que um veterinário competente saberá como proceder.

Nas minhas pesquisas verifiquei que alguns estudos demonstraram que não existe benefício em revacinar anualmente todos os cães contra parvovirose, cinomose e adenovirose em um período de sete anos quando comparado com animais que foram vacinados quando filhotes e depois desafiados aos sete anos de vida. Ambos os grupos estavam protegidos contra o desafio. Desta forma, entendi que as revacinações devem ser feitas apenas para as doenças que realmente necessitam de reforços e não com vacinas contendo múltiplos componentes. Por outro lado, a vacinação anual ou periódica possibilita a avaliação clínica do animal e a detecção e a prevenção de doenças, assim que é sempre importante fazer uma visita ao veterinário, pelo menos de 6 em 6 meses, para verificar se está tudo bem.

Desde os anos de 1998 e 2003 a American Association of Feline Practitioners e a American Animal Hospital Association apresentaram algumas recomendações para protocolos de vacinações: para os cachorros filhotes que continuam as mesmas até hoje mas as recomendações para cães adultos foram alteradas e divididas em 3 grupos:

- Essenciais
- Opcionais
- e as Não Recomendadas

Vamos ver como funcionam?

Vacinas essenciais:

raiva, cinomose, parvovirose e adenovírus 2.
São aquelas recomendadas a todos os filhotes ou cães com histórico desconhecido de vacinação e se não administradas podem levar à morte.

Vacinas opcionais:
bordetella, parainfluenza, leptospirose (quatro tipos) e vacina combinada de cinomose e sarampo.
Estas devem ser consideradas de acordo com o risco de exposição do animal baseando-se na distribuição geográfica da doença e no estilo de vida do animal.


Vacinas não recomendadas:
coronavirose, giárdia e adenovírus-1.
São aquelas contra doenças que não possuem significado clínico importante ou que respondem prontamente a tratamento ou quando os riscos de efeitos colaterais são maiores que os benefícios.

O objetivo de um programa de vacinação deve ser vacinar o maior número possível de animais na população de risco, não vacinar nenhum indivíduo mais do que o necessário e vaciná-lo apenas contra os agentes infecciosos a que ele realmente tem risco de se expor

Expliquemos agora cada uma delas e como é transmitida para que entendamos melhor:

CINOMOSE CANINA:

É uma doença causada por um vírus pode sobreviver por um longo período em ambiente seco e frio. No entanto é um vírus bastante sensível ao calor, luz do sol e desinfetantes.
A cinomose pode ser transmitida diretamente de um cão para o outro através de espirros, secreções oculares, nasais, orais, pelas fezes ou ainda pelo ar, respirando o ar infectado. Indiretamente o vírus da cinomose pode ser levado, quando temos contato com um cachorro doente, transportando em nossas roupas e sapatos o vírus para o cachorro sadio.

A vacinação contra cinomose pode ser iniciada entre seis e oito semanas de idade. Em filhotes com menos de 16 semanas a recomendação é a administração de três doses. No caso de animais com mais de 16 semanas o ideal é que se apliquem duas doses na primovacinação.
Recomendam-se, em geral, doses de reforço da vacina contra cinomose em anos alternados ou em intervalos de três anos, durante toda a vida do animal.

HEPATITE INFECCIOSA CANINA:

A hepatite infecciosa canina afeta o fígado dos cães, sendo que os filhotes com menos de um ano de idade são os mais propensos à contaminação pelo vírus. Ahepatite infecciosa canina pode levar a morte, mas é facilmente prevenida através da vacinação, encontrada no pacote de imunização da vacina polivalente

A hepatite infecciosa canina é uma doença viral causada pelo adenovírus canino 1 (CAV-1), e pode ser transmitida tanto pelo contato direto de um cachorro saudável com um cão doente, como pelo seu contato com secreções (urina, fezes, etc) e objetos utilizados pelos animais contaminados.
A Vacina Polivalente previne a Hepatite, Cinomose e Parvovirose e, se aplicada da forma correta no filhote, garante imunidade contra essas doenças por toda a vida!
A primeira dose é aplicada aos 30 dias de vida do cãozinho, com reforços de acordo com o veterinário, e revacinação anual

TOSSE DO CANIL OU TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA:

Transmitida por meio do contato direto de um cão sadio com um animal contaminado, a Tosse dos Canis tem uma incidência maior em cachorros que convivem em ambientes onde há aglomerações de animais – e é daí que vem o seu nome, já que os canis são o local perfeito para a propagação da doença.

Por desencadear sessões intermináveis de tosse e espirros nos cães infectados, a complicação se torna ainda mais contagiosa, já que, por meio destes sintomas, a sua propagação é facilitada, tendo o ar como um meio condutor da doença. O problema se torna ainda mais comum em estações de tempo mais frio, como o inverno; e durante esse período os cuidados devem ser redobrados para evitar o contágio dos animais.

Recomendam-se três doses da vacina para filhotes com menos de 16 semanas, iniciando-se entre seis e oito semanas de idade. Para animais com mais de 16 semanas uma dose pode ser suficiente mas normalmente recomenda-se a aplicação de duas doses. O primeiro reforço é feito um ano após a última dose da primovacinação e os outros podem ser feitos a cada três anos. Existem dois tipos de vacinas para a proteção de cães contra as doenças respiratórias. A vacina de aplicação parenteral e a de aplicação intranasal.
A revacinação anual é recomendada apenas para aqueles animais altamente expostos ao risco de infecção em locais onde a prevalência é grande.

PARVOVIROSE:

A Parvovirose é uma doença grave, causada por um vírus e que pode levar a morte. Pode ocorrer em todos os canídeos, principalmente os cachorros, sendo mais comum de acontecer em cães filhotes (menos de um ano de idade) por serem mais frágeis que um adulto e mais grave em filhotes com menos de 6 meses de idade principalmente se tiverem vermes intestinais pois estes diminuem a imunidade.

Ela é tão contagiosa quanto a cinomose, com o agravante de que 90 a 95% da população canina necessitam estar imunizados para que possa ser quebrada a cadeia ou interrompida a disseminação. Vacinas com parvovírus morto são mais suscetíveis à interferência de anticorpos maternos em filhotes com até 16 ou 18 semanas de vida. Apesar da alta eficiência desses produtos, recomenda-se completar a vacinação de filhotes a cada três ou quatro semanas até as 16 semanas de vida. Geralmente três doses. Em cães com mais de 16 semanas pode-se utilizar apenas duas doses. Algumas raças são mais suscetíveis à infecção por parvovírus canino. Entre elas citamos o Doberman, Rotweiller e Pastor Alemão. Os reforços devem ser feitos um ano após a última dose da primovacinação e depois a cada três anos.

CORONAVIROSE:

A coronavirose é altamente contagiosa e afeta o trato intestinal dos animais acometidos por ela. Também conhecida como Gastrointerite Contagiosa dos Cães, a doença tem o vírus chamado de Corona como agente, e pode ser transmitida para animais como gatos e bovinos e até seres humanos, sendo considerada uma zoonose.

Os cães são os principais prejudicados nos dias de hoje, e ganhou este nome por se instalar em forma de coroa nas células que o multiplicam. Frequentemente confundida com a parvovirose, a coronavirose desencadeia uma série de sintomas bastante parecidos com os da parvo, apenas de forma mais branda, incluindo diarreias em forma de jatos, perda de apetite e febre, entre outros.

Existe algum significado na vacinação de cães contra a coronavirose no sentido de prevenir os cães contra uma infecção mais grave pelo parvovírus. O protocolo recomendado é de aplicação de uma dose a cada duas ou quatro semanas até que o animal tenha 12 semanas de idade. Se o cão tiver mais de 16 semanas pode-se aplicar uma única dose de vacina viva ou duas doses de vacina com vírus morto.
No meio acadêmico questiona-se a aplicação destas vacinas já que não representam uma forma confiável de impedir a infecção, nem a replicação ou excreção de vírus patogênicos.

Muitos autores recomendam o uso dessa vacina somente em situações em que os cães apresentam grande risco de infecção, por exemplo, aqueles mantidos em canis. Normalmente não se recomenda a vacinação de cães adultos, pois nenhum estudo demonstrou benefícios com essa prática. Os reforços são recomendados apenas devido ao uso de vacinas polivalentes.

LEPTOSPIROSE:

As bacterinas de leptospira não produzem imunidade de longa duração. A revacinação a cada seis meses deve ser feita apenas para animais com elevado risco de adquirir a doença. Como a vacina de leptospirose é a associada às mais severas reações pós-vacinais (anafiláticas), a vacinação em cães que vivem em áreas urbanas com uma mínima exposição a animais selvagens ou de fazendas não é recomendada. A combinação da vacina com outras não infecciosas adicionadas a adjuvantes aumenta o risco de anafilaxia.

A vacina contra leptospirose é considerada a mais importante vacina opcional para cães, uma vez que a infecção pode causar doença branda a severa e trata-se de uma zoonose. A pergunta é, por que então a vacina não é incluída nas vacinas obrigatórias? A principal razão diz respeito à eficácia da vacina: uma grande porcentagem de cães vacinados não desenvolve imunidade ou desenvolvem apenas por um curto período de tempo. Além disso, as bacterinas estão entre os componentes mais reactogênicos das vacinas. Elas não previnem a infecção ou a eliminação do microrganismo pela urina, mesmo quando reduzem ou eliminam os sintomas da doença. Finalmente a vacina contra leptospirose não é considerada obrigatória porque a leptospirose é rara em muitas regiões geográficas.

Por outro lado me pergunto: se seus cães não têm contato com ratos porquê vaciná-los? Tem casos em que os cachorros nem saem de casa sem ser para espaços controlados então qual a necessidade levando-se em conta a curta duração da imunidade e o risco de reações de hipersensibilidade pós-vacinal.

RAIVA:

Em geral recomenda-se a vacinação anti-rábica concomitantemente à última dose de séries de vacinas do protocolo. Deve-se repetir a vacinação a cada ano.

Embora a imunidade seja de longa duração, possibilitando a revacinação trienal, deve-se seguir a recomendação da legislação sanitária do onde vive.

GIARDÍA:

A vacina contra giardía encontra-se no grupo das não recomendadas.

Esta vacina também não é recomendada rotineiramente nos cães porque não previne a infecção apesar de poder prevenir a eliminação de oocistos e reduzir os sintomas.

Outra vez me pergunto: se a giárdia é contraída através da água contaminada e se pode eliminar fervendo a água ou colocando umas gotinhas de água sanitária na água que o seu animal vai consumir, qual a necessidade do animal ser sujeito a mais uma vacina que sempre pode ter reações adversas? Comodidade dos tutores? Não vejo lógica!
A menos que o seu cachorro esteja fora de casa, vá passear sem seu controle eu não vejo necessidade desta vacina mas claro, só você juntamente com o veterinário do seu animal podem discutir e assim decidir o melhor a fazer.

E estas são as principais vacinas para proteger os nossos cachorros disponíveis no mercado veterinário. Segundo as prioridades delas cabe a cada um conversar com o veterinário dos seus animais e decidir o que fazer.

Pela minha experiência e a de vários testemunhos que tenho lido nos últimos tempos, que moram no Brasil, devem-se priorizar sempre as vacinas importadas. São mais caras mas mais eficientes!

Por último e não menos importante, gostaria de esclarecer que no caso de ter decidido adotar um cão ou simplesmente acolher um da rua o animal deverá ser vacinado como se tivesse acabado de nascer pois não há certezas quanto ao programa de vacinação que foi cumprido ou se alguma vez foi vacinado.

Como esta publicação já vai longa, na próxima falaremos da vermifugação dos nossos animais.

Não esqueça de se inscrever no Blog e partilhar as vossas histórias sobre cada publicação que fazemos.
Dessa forma trocaremos experiências, soluções e poderemos ajudar muitas mais pessoas que estejam passando pelo mesmo.


Obrigado pela Visita.
Juntos na Luta!

Equipe #DescomplicaKão

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.